segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Restaurante Raful: cozinha árabe

Graças a uma dica da minha amiga Jana, viciei no restaurante Raful, que, pra mim, é o melhor restaurante árabe de São Paulo. Esqueçam os eleitos melhores do ano, os guias de revistas conhecidas ou as dicas de lugares "top" da cidade. O Raful é parada obrigatória para quem decide enfrentar a loucura da Rua 25 de março. No meio daquela multidão toda, é a certeza de comida boa e barata.


Já perdi as contas de quantas vezes estive lá e nunca enjoo. Não suporto ir à 25 de março, mas quando recebo visitas ela acaba sendo parada obrigatória. Então, para compensar, volto ao meu árabe preferido.

É verdade que o restaurante está sempre cheio, mas nem por isso perde pontos no meu ranking. Você escolhe se servir nos balcões ou nas mesas, sendo que nessas é possível optar pelo rodízio ou pelo serviço à la carte. Mesmo para quem opta pelos pratos à la carte, as delícias vão sendo servidas ao tempo todo, por garçons que circulam entre as mesas. É impossível não salivar com as bandejas lotadas de quibes, esfihas e outros petiscos, todos quentinhos e preparados na hora.

Eu, particularmente, sou fã do arroz marroquino e preciso me controlar para não pedir toda vez a mesma coisa. Minha amiga Aline e eu experimentamos da primeira vez em que fomos lá e sempre rola um bis.



Mas o que é imperdível é a esfiha folhada de carne, também dica da minha amiga Jana. Nunca tinha provado nada igual!



E o quibe? Divino! Sou suspeita, já que desde pequena sempre fui fã dessa iguaria. Acho que era o salgado que eu mais consumia nas festinhas de aniversário. O do Raful é bem crocante, mas é sequinho e não fica escorrendo óleo.


A melhor parte é quando você abre o quibe e o recheio desmancha que é uma beleza. Impossível não querer repetir!


 E aos carnívoros de plantão, não pode faltar a famosa kafta:



Para finalizar, uma parte que não me interessou tanto (apesar de eu ser alucinada por sobremesas): os doces árabes. Eles simplesmente não me enchem os olhos.

Os vários doces ficam expostos no balcão, e, apesar da variedade de formatos, praticamente todos são feitos com nozes, o que me desestimula. Da última vez em que estive lá, aconteceu uma situação muito engraçada: pedi  à atendente que me explicasse a diferença entre os doces e ela me respondeu apenas que era "tudo nozes". Apontei um ou outro e ela continuou dizendo: "é tudo nozes". Me segurei para não gargalhar na hora (contando não parece engraçado, eu sei), mas diante da minha insistência ela apontou alguns que eram exceção: alguns são de pistache ou amêndoas, mas 90% "é tudo nozes".





Como sou formiguinha, escolhi dois doces, um para mim e outro para minha amiga Sandra, que me acompanhava na orgia gastronômica: um de nozes e outro de pistache. Achei ambos bem sem graça e a calda que eles colocam em cima (que é opcional) é extremamente açucarada e enjoativa. 


Em resumo: doces árabes não enchem meus olhos, mas para quem gosta de nozes acredito que os do Raful sejam excelentes.

Em 2010, o Raful abriu uma filial na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, quase na esquina da Avenida Paulista. Como eu odeio ir até a 25 de março, estive lá uma vez para matar a vontade de comer o arroz marroquino, mas me frustrei. Não que a comida seja ruim, mas a do original é muito mais gostosa. Pode ser preconceito, mas nunca acho que as filiais atinjam a qualidade originária.

Então, quem for nas redondezas da 25 de março e não estiver a fim de enfrentar as filas para comprar sanduíche de mortadela do Mercado Municipal na hora do almoço, a dica é o Raful. A satisfação é garantida.