segunda-feira, 29 de abril de 2013

Nas redondezas: Templo Zu Lai

O belo dia de ontem foi a ocasião perfeita para conhecer o Templo Zu Lai, um templo budista que fica em Cotia, na Grande São Paulo. Quem me sugeriu o passeio foi o meu amigo Leonardo Araújo e, por incrível que pareça, muita gente em São Paulo não sabe da existência desse lugar, que está entre as 201 coisas para se fazer em São Paulo.


Inicialmente, eu pensei em chegar cedo para acompanhar uma cerimônia, mas a preguiça matinal não me permitiu. Então, depois de aproximadamente 1 hora de ônibus e mais uns 15 minutos de caminhada, chegamos ao templo.

Buda na entrada do Templo

O lugar é lindo e, obviamente, rendeu muitas fotos. Mas nenhuma delas consegue captar a paz que o lugar passa. Para minha surpresa, muita gente teve a mesma ideia que eu. Resultado: grupos de turistas e famílias inteiras acabavam fazendo muito mais barulho que o desejado. Por mais que seja um templo religioso, a maioria das pessoas esquece disso e visita o lugar como se ele fosse um ponto turístico. Então, conseguir a calmaria e o silêncio foi uma tarefa bem difícil.


Primeiro conhecemos o Lago Zu Lai, que tem até carpas e cágados nadando nas suas águas. Para mim, foi o lugar mais agradável do templo, talvez por ter sido o mais silencioso. É tudo muito verde ao redor e é comum ver as pessoas deitadas na grama, tirando um cochilo sob a sombra de uma árvore.





Há várias estátuas espalhadas por toda a área. Algumas são tão perfeitas que parecem reais. 







No templo onde são realizadas as cerimônias, não é permitido entrar usando roupas decotadas. Como eu estava com os "ombros nus", me forneceram uma manta para que eu pudesse entrar na sala. Fora do horário de cerimônia todos podem entrar, em silêncio, e fazer suas orações. Na frente dessa mesma sala, você pode pegar um incenso e, apontando para o Buda (eles ensinam a forma certa de segurar), fazer agradecimentos e pedidos. 

Entrada da sala de cerimônias


Para matar a fome, são servidas apenas opções vegetarianas. O restaurante serve almoço por R$ 25 por pessoa, com direito a buffet livre, além de água, chá e sopa. Só não espere muita variedade nem comida saudável - havia salsicha (suponho que de soja) e tempurá de abóbora embebido em óleo. Após as 14h30, a única opção é a lanchonete, com salgados e doces. Se você quiser comer algo de origem animal, sugiro aproveitar o restaurante ao lado do templo, que funciona todos os dias e serve rodízio de sushi e pizza.

Aos domingos, o templo disponibiliza um ônibus gratuito que sai da Liberdade às 8h30 e retorna às 16h. Para quem não tem carro e não quiser arriscar ônibus intermunicipal, é uma boa pedida.

Um ótimo passeio para quem busca um pouco de paz em maio ao caos da metrópole.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Ó do Borogodó

Ontem foi um dia em que eu queria sair de casa de qualquer jeito. Pensei em correr no Ibirapuera e desisti. Olhei as opções de filmes em cartaz no cinema e nada me atraiu. Eis que, jogando uma informação aqui e acolá no Google, surgiu o Ó do Borogodó.

A casa sequer tem site e é bem informal. Se você pensa que vai encontrar uma mega estrutura, vários garçons e gente cheia de frescuras, esqueça. O ambiente é simples e bem agradável.

Fabio Wright, numa resenha para a Veja São Paulo, escreveu que o lugar "pode ser considerado uma encarnação da Lapa carioca em São Paulo. Lembra em muitos aspectos certos botequins daquele pedaço boêmio do Rio de Janeiro, do público de jeitão desencanado ao ambiente sem frescura, passando pela programação ao vivo centrada sobretudo em samba e chorinho de qualidade". 

Todos os dias, há música ao vivo, geralmente samba ou chorinho, mas os músicos não ficam num palco, e sim num cantinho do salão. Muitos cantam lá há bastante tempo, como a Dona Inah. Nos banheiros, inclusive, há mensagens escritas por frequentadores em "homenagem" a ela: "Dona Inah, conheci Fulana num show seu", e outras do gênero.

Foto: Raul Zito
Há poucas mesas e, portanto, bastante espaço para quem quer dançar. O público é bem eclético: vi muitos turistas estrangeiros, mas com o passar das horas começaram a chegar pessoas que me pareceram ser frequentadoras assíduas. Todo mundo dançando com todo mundo, sem se preocupar com a falta de ritmo ou gingado.

O cardápio não é variado, mas as opções são baratas e com porções generosas. Comemos carne seca com abóbora, que estava deliciosa e ainda vinha acompanhada de pão. De sobremesa, banana da terra com sorvete. Simples, barato e delicioso. A caipiroska (ou caipirinha de vodka, como costumam chamar aqui) custa apenas R$ 14 com Absolut! As cervejas de 600 ml estão na faixa dos R$ 7.

Cobra-se um valor de entrada e o consumo é anotado numa fichinha com seu nome. Só é possível pagar com dinheiro ou cartão de débito, numa fila única, o que pode ser um pouco chato quando a música termina. Então, melhor se prevenir e pagar antes de todo mundo decidir ir embora.

Mesmo sendo um lugar que, de cara, parece "precário", o bom astral reina e perdura até a alta madrugada.
O Ó do Borogodó fica em Pinheiros, na Rua Horácio Lane, 21, quase na esquina da Rua Cardeal Arcoverde, atrás do Cemitério São Paulo. É de fácil acesso para quem vai de ônibus e tem serviço de manobrista para quem preferir ir de carro. 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Nas redondezas: São Roque

Esse final de semana conheci um pouco da cidade de São Roque, conhecida pelo seu Roteiro de Vinhos. Há várias adegas em que se pode comprar vinhos da região a preço mais acessível. Já conheço alguns e e gostei bastante, mas é claro que não dá pra comparar com os vinhos famosos e caros que existem por aí.


Além dos vinhos, encontramos muito suco de uva e aquelas gostosuras que me remetem a Minas Gerais: doces de leite e de abóbora com coco, biscoitos de polvilho, goiabada... aos montes! 

Um dos lugares mais conhecidos é restaurante Vinhos Frank, que tem comida caseira.


O cardápio não tem muitas opções e os pratos para duas pessoas não custam menos de R$ 70, exceto o nhoque e o talharim, que custam R$ 26. Que disparidade, não?

O couvert, com pão e uma pasta de berinjela (modéstia à parte, a minha é mais gostosa), é cortesia. De entrada, optamos pela polenta frita, que eu conheci e aprendi a amar aqui em São Paulo. A porção, bem-servida, sai por R$ 9 e é bem sequinha, sem aquele gosto de óleo.



Como prato principal, escolhemos o nhoque ao molho bolonhesa acompanhado de um vinho bordeaux de fabricação local. Bom e barato.


As sobremesas não eram nada excepcionais. Optei por um brigadeirão, mas tinha doces de banana e de abóbora com coco, que me pareciam boas escolhas.

Ao lado do restaurante, há uma vendinha onde é possível degustar os vinhos e também mil outras coisas (queijo, salame e vários tipos de doces). Haja caloria!





Então, quem quiser sair da metrópole e dar uma passeada pelas redondezas de São Paulo, São Roque pode ser uma boa opção. Cidade pequena, tranquila e com opções gastronômicas diferentes. Só não pode fazer o roteiro do vinho, beber e depois dirigir, claro. 

Cantina Roperto

Antes mesmo de me mudar para São Paulo, já tinha ouvido falar das cantinas italianas no tradicional bairro do Bixiga. Com a visita do meu pai e da minha irmã na Páscoa, decidi que tinha chegado a hora de visitar um dos restaurantes mais antigos: a Cantina Roperto.
Logo na entrada, há um mural com fotos de várias celebridades que visitaram a Cantina. Chegamos cedo, então foi bem fácil encontrar uma mesa. Quando saímos, já havia muita gente, principalmente grupos enormes, geralmente famílias.
De cara, os preços do cardápio podem assustar um pouco, mas quando as porções chegam, a gente entende o porquê: são enormes! Éramos 3 pessoas, pedimos apenas 2 pratos e ainda sobrou. E olha que dispensamos o couvert e a entrada.
Optamos pelo nhoque de mandioquinha e pelo filé à parmegiana, com um vinho para acompanhar. O filé geralmente é acompanhado de arroz e fritas, mas como boa nutricionista, minha irmã pediu para trocarem por batatas ao forno. A porção de salada era imensa também.

Filé à parmegiana com arroz e batatas ao forno

Nhoque de mandioquinha (alguém sabe por que o Blogger não permite girar a foto?)

Ao final, ainda teve uma sobremesa, mas eu confesso que não me recordo qual foi, e nem tiramos foto para comprovar. Era boa, mas nada excepcional.

O diferencial é que toda noite tem música ao vivo. Então, enquanto a gente come, tem alguém cantando música italiana bem do nosso lado. Os músicos são uma simpatia e circulam por todo o restaurante, perguntando qual música as pessoas querem ouvir.


A comida é gostosa, o ambiente é legal, mas eu, particularmente, não achei nada excepcional. Vale a pena conhecer, principalmente para quem gosta de massas, mas na mesma rua há diversas outras cantinas. Então, eu não diria que a Cantina Roperto é um lugar indispensável numa visita à capital paulista.