quarta-feira, 20 de julho de 2016

1900 Pizzeria

Se alguém tivesse me dito, há uns 5 anos, que eu passaria a gostar tanto de pizza, eu duvidaria. Mas é verdade: São Paulo me fez gostar de pizza. E nesse espírito, eu resolvi aproveitar o Pizza Fest para conhecer a 1900 Pizzeria, uma das mais conhecidas da cidade.

Fizemos a reserva no Restorando, que eu sempre uso por dois motivos: é muito prático e tem vários descontos.

Para evitar filas de espera, fomos numa quarta-feira à noite na unidade de Moema. Desde a entrada, o atendimento foi muito simpático e rápido.

Começando pela bebida, optamos pelo clericot. Sinceramente? Não achamos muito gostosa. Há a opção de frizante, mas optamos pelo vinho branco mesmo.

Bonita, né? Mas o sabor deixou a desejar
 Mas vamos ao que interessa: a pizza! A grande tem 9 fatias e 3 sabores. A massa é fina, mas não chega a ser biscoito. Para mim, é o tamanho ideal.

Minha primeira fatia foi da Trent´anni: shimeji e shitake refogados, tomate sem pele pré-assado, presumo Parma, aspargos, parmesão e azeite trufado.

Segundo o cardápio, esse sabor é uma receita comemorativa dos 30 anos da pizzaria, em 1º de maio de 2013.

Trent´anni: combinação de cogumelos com presunto Parma
Minha opinião: a combinação é  diferente e gostosa, mas não achei nada excepcional que mereça muitos aplausos.

Minha segunda fatia foi sabor Javali, feita com mozzarella de búfala, linguiça de javali e alho poró.

Javali: combinação de linguiça de javali com alho poró
Deliciosa, daquelas que a gente come querendo repetir e não experimentar o próximo sabor. Eu amo alho poró e acho que nunca tinha comido linguiça de javali. Sensacional.

Fatia número três: carne seca desfiada com creme de mandioca.

Carne seca com mandioca
Nordestina que sou, difícil não gostar, não é? Mas ainda assim não ganhou a primeira colocação no ranking. A Javali ganhou disparada.

Depois da comilança (ainda comi uma quarta fatia), eu nem cogitava olhar o cardápio de sobremesa, mas o garçom (muito simpático) recomendou, com muita segurança, a GiroMille, que é marca registrada da casa. 

Essa delícia é uma massa assada em formato de rosca, polvilhada com açúcar e canela. Acompanha um sorvete de creme e uma farofa doce exclusiva da casa. O recheio é escolhido pelo cliente: doce de leite, Nutella, chocolate, banana ou morango.

Optamos pelo recheio de doce de leite, mas o garçom sugeriu combinar com banana, pois ficaria muito bom. Dito e certo: pensem num negócio bom! O estômago nem sentiu que já estava cheio.

Farofa doce com sorvete: tem como dar errado?

No cardápio há outras sobremesas mais comuns: cheesecake, torta de limão, calzone, petit gateau e similares. Mas se tiver que comer, vá de GiroMille, ainda que ela seja a mais cara de todas.

Resumo da ópera: atendimento excelente (lembrando que era quarta à noite e a pizzaria estava tranquila), a conta já veio com o desconto do Pizza Fest e a pizza é bem gostosa.

Mas é preciso alertar: os preços são altos. Uma pizza grande de mozzarella (ou seja, a mais simples de todas) custa R$ 58 e os sabores mais caros saem por R$ 90. Então, recomendo aproveitar o Pizza Fest (que dá 40% em qualquer sabor) ou alguma outra promoção. A pizza é gostosa mas, na minha opinião, não justifica o preço.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Visita monitorada no Edifício Matarazzo

Uma parceria da Prefeitura de São Paulo com a São Paulo Turismo promove visitas monitoradas no Edifício Matarazzo, onde atualmente funcionam a Prefeitura e algumas Secretarias Municipais. 

A visita tem duração aproximada de 1 hora e permite que conheçamos um pouco mais sobre a história da família Matarazzo.

O que mais interessa, de fato, aos visitantes é o Jardim Walter Galera, que fica no 14º andar do edifício. Seu nome é em homenagem ao então zelador, que foi o responsável por plantar todas as espécies que lá existem.


É também do jardim que se tem uma vista bem interessante da Capital. São 4 "mirantes" em que é possível identificar edifícios importantes do Centro (como o famoso Edifício Itália) e pontos como o Pico do Jaraguá.

Viaduto do Chá e Teatro Municipal vistos do Jardim Walter Galera
Segundo informações, nas visitas aos sábados é possível visitar o 5º andar, onde está localizado o Gabinete do Prefeito. Como eu fiz a visita em dia do expediente, só pudemos ver os 3º e 14º andares.

As visitas acontecem de segunda a quinta-feira, às 10h, 12h e 15h; às sextas-feiras, às 15h, 17h e 19h; e aos sábados, às 10h e às 14h, exceto feriados.

Para agendamentos, basta mandar um e-mail para visitaedificiomatarazzo@spturis.com com antecedência mínima de 72 horas. 

Em frente ao Edifício Matarazzo, há uma van da SPTuris, com dicas de passeios, mapas e mais informações sobre a cidade. Como a visita é bem rápida, a sugestão é montar um roteiro que englobe outros pontos turísticos do centro da cidade. 

domingo, 29 de novembro de 2015

Exposição ComCiência, de Patricia Piccinini

Na semana passada estive pela primeira vez no Centro Cultural Banco do Brasil para conferir a exposição "ComCiência", da australiana Patricia Piccinini.

O CCBB ocupa um prédio muito bonito, construído em 1901 no centro de São Paulo, e tem uma variedade grande de opções culturais (exposições, shows, teatro, etc.). Por isso, é sempre bom conferir a programação no site. 


A entrada é gratuita, mas é preciso "comprar" o ingresso antes no aplicativo do CCBB ou no Ingresso Rápido

Mesmo com o ingresso em mãos, não dá para fugir da fila. Apesar de parecer muito grande, não é nada muito demorado e flui numa boa. A exposição começa no 4º andar e vai até o subsolo, mas não tem muitas obras. É uma visita rápida.

As obras da Patricia Piccinini me lembraram o estilo do Ron Mueck, pois trazem elementos como pelos humanos e animais, além de outros materiais que reproduzem com perfeição a pele. 

A base da exposição ComCiência é o questionamento sobre o futuro da humanidade, que se utiliza cada vez mais da ciência para criar mutações genéticas. Apesar de "brincar com a ciência" parecer uma boa ideia, que pode facilitar muito a vida dos humanos, quais serão as consequências nos próximos séculos?

As criaturas apresentadas na exposição são geneticamente modificadas, porém muito afetuosas. Serão elas aceitas pelos humanos? Ou serão isoladas do convívio com aqueles que as criaram?

Não gosto de tirar fotos das obras, por respeito não só ao artista, mas também aos visitantes. Mas apenas para dar um exemplo do que se vê, fotografei a obra "O tão esperado", que está no térreo do CCBB e pode ser vista por qualquer pessoa, sem necessidade de ter ingresso:


O CCBB publicou no seu site um vídeo sobre a exposição. É bem curtinho e permite que a gente tenha um aperitivo do que está por lá.

O CCBB fecha às terças, mas é possível visitar a exposição em todos os outros dias até o dia 04 de janeiro de 2016.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Veloso Bar

Moro em São Paulo há quase 4 anos e só no último domingo conheci o tão famoso Veloso Bar. Famoso por dois motivos: 1 - a sua coxinha, que sempre é eleita a melhor da cidade; e 2 - as caipirinhas fazem o maior sucesso.

Sempre ouvi falar de que o bar é disputado, com direito a filas de espera. Então, meu namorado e eu chegamos cedo, assim que o bar abriu. Odiamos fila, então se tivéssemos que esperar, provavelmente teríamos desistido.

Bom, em termos de ambiente e decoração, é nada especial. Não chamou a nossa atenção e não merece maiores comentários. Ficamos na parte superior, então não sei dizer se o piso inferior tem um quê a mais.

Para início de conversa, é óbvio que pedimos a coxinha. Eles só têm o quitute com catupiry, que pode ser servido individual (R$ 4,80) ou em porções de 6 unidades (R$ 27,80). O garçom também disse que a porção poderia ser com 3 unidades, mas essa opção não está no cardápio. Decidimos pedir apenas a individual.

De fato, a coxinha é diferente. O recheio não é seco, como se costuma ver por aí, mas o catupiry não tem o gosto marcante, enjoado. Eu, particularmente, nem gosto de catupiry, mas na coxinha do Veloso ele não rouba a cena. O tamanho não é muito grande, então uma unidade pode deixar um "gostinho de quero mais". O molho que acompanha é bem gostoso, mas ardido para quem não tem o hábito de comer pimenta.


Para quem curte cerveja, as opções são poucas: apenas chopp (servido no sistema de "rodízio") ou Stella Artois (long neck por R$ 9). Meu namorado optou pelo chopp, que é mais barato (R$ 7) e diferente da cerveja padrão que sempre se bebe por aí.

Já eu tinha que conhecer a famosa caipirinha. Para quem não sabe, em São Paulo tudo é caipirinha, independente da bebida alcoólica (cachaça, vodca, sake, etc.). Então, se você pede uma caipirinha, tem que dizer ao garçom com que bebida ela será feita.

Perguntei quais seriam as sugestões dele, que me respondeu: tangerina com pimenta dedo de moça, jabuticaba e caju com limão. Fiquei com muita dúvida, mas escolhi essa última, com cachaça.

O copo é bem servido (370ml), o que deixa o preço mais atrativo (R$ 18 com cachaça e R$ 21 com vodca). O sabor é muito bom! Não é muito açucarada e a dose de cachaça também é suave, o que te permite sentir, de fato, o gosto das frutas. Por mim, ela teria menos gelo, mas de resto foi aprovadíssima.


Como uma coxinha só não matou nossa fome, partimos para o segundo petisco: creme de mandioquinha com camarão. É servido com uma porção generosa de pão e outra de queijo. Delicioso! E custa apenas R$ 16. Muito justo.


Estudamos novamente o cardápio e, por fim, escolhemos uma porção de bolinho de arroz com calabresa. 8 unidades saem por R$ 24. Muito bons também! Bolinho de arroz é algo que remete muito à minha infância, mas esse era diferente. Não sei como é feito o recheio, mas por fora tinha uma casquinha crocante e, por dentro, o arroz era bem molhadinho, como se tivesse o mesmo catupiry da coxinha. Aprovadíssimo.


Eu até pensei em pedir mais uma caipirinha porque queria experimentar outros sabores, mas depois de tanta comilança, não conseguia beber mais nada.

Saímos muito satisfeitos com o atendimento. O local é pequeno, as mesas ficam bem coladinhas umas nas outras, mas os garçons são muito eficientes. Nossos pedidos chegavam muito rápido à mesa e eles estavam sempre atentos. Mal terminávamos de comer e já aparecia alguém para retirar os pratos e limpar a mesa. Excelente.

Conclusão: vale a pena ir ao Veloso, mesmo com o cardápio não muito inovador. Mas se a sua intenção é comer coxinha e beber caipirinha, não irá se arrepender. 

domingo, 11 de janeiro de 2015

Exposições "O Mundo segundo Mafalda" e "Ron Mueck"

O passeio cultural de ontem à tarde rendeu visita a três lugares muito bacanas em São Paulo: Praça das Artes, Museu da Língua Portuguesa e Pinacoteca. Sobre o Museu eu já escrevi aqui, então vamos focar nos demais.

O Mundo Segundo Mafalda

Para quem é fã da menininha questionadora criada pelo argentino Quino, o passeio é imperdível, mas vale a pena até para quem nunca ouviu falar dela.

O bacana é que a Praça das Artes é um espaço aberto. Então, não é preciso pegar fila, ter ingresso em mãos ou passar por catracas. Todo mundo vai chegando e entrando, sem uma ordem cronológica de visitação ou algo parecido.


Dá para "perder" umas horinhas lá. Eu, particularmente, adoro a Mafalda. Cheguei a gargalhar com algumas tirinhas que estão em exposição.




Há um espaço dedicado às crianças, com aventais, carimbos e lápis de cor, para que elas desenhem e pintem os personagens. Aproveitando a onda das selfies, há também alguns espaços dedicados a fotos.

Painel montado com flores de pano, que representa o amor da Mafalda pela primavera

A mostra interativa foi pensada para as crianças, como uma forma de incentivá-las a questionar o que está ao seu redor, mas garanto que os adultos também vão curtir.

O Mundo Segundo Mafalda
Praça das Artes, na Avenida São João, 281 - Centro - São Paulo
Próximo às estações Anhangabaú e República do Metrô
Entrada grátis
De 17 de dezembro até 28 de fevereiro de 2015
Todos os dias, das 9h às 20h

Ron Mueck na Pinacoteca

Vale a pena conferir essa exposição, que é uma das mais visitadas da capital, mas é preciso possuir um estoque de paciência. Geralmente, as filas são grandes, o que pode render uma espera de uma hora ou mais (nós ficamos na fila por cerca de 40 minutos).

Um outro detalhe: muita gente vai lá só para tirar fotos. Então, é preciso respirar fundo para não se irritar enquanto você disputa espaço com os braços e as câmeras. Imagine 50 pessoas, cada uma com seu celular, fazendo um book de cada obra? Pois é. Infelizmente, em tempos de redes sociais, a grande maioria não está preocupada em observar os detalhes a olho nu.

São apenas 7 esculturas hiper-realistas, mas os detalhes de cada uma delas impressionam. Pelos, veias, unhas e rugas: tudo é minuciosamente reproduzido nas obras. Por isso, se os celulares  alheios permitirem, vale a pena se dedicar a analisá-las por um tempinho. 

Casal debaixo do guarda-sol, 2013

Ao final do passeio, é possível assistir ao documentário "Still life: Ron Mueck at work" (Natureza Morta: Ron Mueck no Trabalho), um vídeo de 52 minutos que mostra o artista trabalhando nas obras. 

Além dessa exposição, é possível conferir outras do acervo da Pinacoteca, que está localizada num espaço muito bonito. Estive lá algumas vezes e não me canso. 




A Pinacoteca fica ao lado do Museu da Língua Portuguesa e bem pertinho da famosa José Paulino. Então, quem quiser aproveitar o passeio de sábado para arriscar encontrar uma fila menor, eu recomendo ir no final da tarde, quando a visitação fica mais tranquila.

Ron Mueck na Pinacoteca
Pinacoteca do Estado de São Paulo 
Praça da Luz, 2, Bom Retiro - Centro
Estação Luz (Metrô - Linha 1 Azul)
Estação Luz (CPTM - Linha 7 Rubi)
De 20/11 a 22/02
Terças, Quartas, Sextas, Sábados e Domingos das 10h às 17h30
Quintas das 10h às 22h
R$ 6. Entrada gratuita às quintas, após as 17h, e aos sábados, durante todo o dia.

domingo, 29 de junho de 2014

Festival de sopas da Ceagesp

Eu não tinha ideia que tinha abandonado o blog por tanto tempo! Ando mais moradora do que turista e isso é péssimo. Preciso voltar a fazer as minhas andanças por aí, afinal, o que não falta é lugar para visitar em São Paulo.

Bom, o post pra tirar a poeira do blog é sobre o famoso Festival de Sopas da Ceagesp. Desde que vim morar em São Paulo ouço falar desse festival, que ocorre sempre no inverno (apesar de começar no outono), quando as temperaturas caem bastante por aqui. Muita gente não gosta de sopa, mas eu amo. É uma coisa que me remete muito à minha infância, pois minha família sempre tomava sopa no jantar, principalmente de feijão.

Enfim, depois de muito ensaiar e planejar, decidi conhecer o festival, que está fazendo um cardápio especial por causa da Copa e, a cada semana, homenageia um país. Quando vi que essa semana o país homenageado era a França, decidi que tinha que ir de qualquer jeito.

Explico: a sopa do país homenageado era a de cassoulet, uma comida que minha tia Gidia faz divinamente. Eu nunca soube muito bem a origem ou os ingredientes do prato, mas foi o incentivo que faltava para eu ir à Ceagesp. 

Ao chegar lá, nos deparamos com um restaurante amplo, com muitas mesas em dois pisos, fila e famílias tomando vinho e petiscando. Na área de espera, há um balcão, muitos pufes, uma mesa de queijos e embutidos e um bar onde é possível beber vinho de vários tipos.

A previsão era que demoraria uns 20 minutos para conseguirmos uma mesa. Como estávamos morrendo de fome, nos servimos do buffet de petiscos, que é cobrado à parte (R$ 49,90 o quilo). Eu raramente como queijo (a proteína do leite não me faz muito bem), então aproveitei para experimentar todos os tipos. 


Há também uma variedade boa de patês. O problema é se empolgar demais nas entradinhas e acabar gastando muito e não guardar espaço na barriga para a sopa.




No bar, é possível escolher todo tipo de bebida a preço acessível. Uma caipirinha, por exemplo, custa R$ 15 e uma taça de vinho sai por R$ 10, mas muita gente acaba optando pelas garrafas, que podem ser levadas para a mesa depois.



Depois de beliscar, chegou a nossa vez de sentar. O espaço é bem amplo, então apesar do fluxo intenso, não se espera muito. Há duas mesas compridas onde as sopas são servidas em dois caldeirões de cada sabor, o que evita a concentração de muita gente ao mesmo tempo. Ao lado de cada mesa, várias tigelinhas empilhadas para que todo mundo se sirva.




No centro do salão, uma mesa com temperinhos adicionais e, é claro, pão. Sopa sem pão, pra mim, perde metade da graça.



O cardápio do Festival é semanal e tem seis tipos de sopa, mas tem duas que nunca mudam: a tradicional de cebola e a de cebola gratinada.

Como eu estava na intenção do cassoulet, foi a minha primeira escolha. Sinceramente? Uma frustração. Não tinha sabor e não lembrava nem um pouco a comida deliciosa da minha tia.



Escolha número dois: a famosa sopa de cebola. Segundo a história, essa sopa faz sucesso desde a década de 60, quando era servida num restaurante que funcionava no antigo Entreposto Terminal São Paulo. Esse restaurante fechou nos anos 80, mas a tradição da sopa foi resgatada em 2009, quando a Ceagesp completou 40 anos e fez o seu primeiro festival de sopas.


Na primeira colherada, eu entendi o motivo de tanto sucesso. A sopa é muito saborosa! Tem gosto de cebola (óbvio), mas não é forte, e a consistência é mais pastosa do que líquida. Divina! 

Terceira sopa escolhida: caldo de siri à baiana. Bom, como não nego as minhas origens, eu tinha que experimentar. Era bem gostosa, não tinha sabor apimentado (isso me frustrou um pouco) e o siri estava saboroso. Cumpriu o seu papel.

Quarta escolha: sopa de cebola gratinada. Muito boa também! É a mesma receita da sopa tradicional, só que adicionam uma camada de queijo e levam ao forno para gratinar. Resultado: essa belezura aí embaixo. Nem preciso dizer que é espetacular.


Quinta sopa: caldo verde. Achei padrão, meio sem-graça.

E parei por aí. Não consegui provar a sexta e última opção: creme de fondue com funghi secchi, mas meu namorado provou e aprovou. Segundo ele, estava tão bom quando o caldo de siri à baiana.

Além de tudo isso, ainda era possível comer sobremesa (cobrada à parte), mas eu não tinha disposição (leia-se estômago), apesar de ter ficado tentada com os merengues de morango, que vinham servidos em taças imensas e circulavam nas bandejas dos garçons.

Em resumo: o festival é muito bom! O preço é justo (R$ 29,90 por pessoa), o serviço é bom (e não cobram 10%) e, em dias mais frios, pode ser um ótimo programa. 

O Festival acontece de quarta a domingo até o dia 24 de agosto. Maiores informações sobre horários, valores e o cardápio semanal podem ser encontradas na página do Festival no Facebook.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Restaurante Raful: cozinha árabe

Graças a uma dica da minha amiga Jana, viciei no restaurante Raful, que, pra mim, é o melhor restaurante árabe de São Paulo. Esqueçam os eleitos melhores do ano, os guias de revistas conhecidas ou as dicas de lugares "top" da cidade. O Raful é parada obrigatória para quem decide enfrentar a loucura da Rua 25 de março. No meio daquela multidão toda, é a certeza de comida boa e barata.


Já perdi as contas de quantas vezes estive lá e nunca enjoo. Não suporto ir à 25 de março, mas quando recebo visitas ela acaba sendo parada obrigatória. Então, para compensar, volto ao meu árabe preferido.

É verdade que o restaurante está sempre cheio, mas nem por isso perde pontos no meu ranking. Você escolhe se servir nos balcões ou nas mesas, sendo que nessas é possível optar pelo rodízio ou pelo serviço à la carte. Mesmo para quem opta pelos pratos à la carte, as delícias vão sendo servidas ao tempo todo, por garçons que circulam entre as mesas. É impossível não salivar com as bandejas lotadas de quibes, esfihas e outros petiscos, todos quentinhos e preparados na hora.

Eu, particularmente, sou fã do arroz marroquino e preciso me controlar para não pedir toda vez a mesma coisa. Minha amiga Aline e eu experimentamos da primeira vez em que fomos lá e sempre rola um bis.



Mas o que é imperdível é a esfiha folhada de carne, também dica da minha amiga Jana. Nunca tinha provado nada igual!



E o quibe? Divino! Sou suspeita, já que desde pequena sempre fui fã dessa iguaria. Acho que era o salgado que eu mais consumia nas festinhas de aniversário. O do Raful é bem crocante, mas é sequinho e não fica escorrendo óleo.


A melhor parte é quando você abre o quibe e o recheio desmancha que é uma beleza. Impossível não querer repetir!


 E aos carnívoros de plantão, não pode faltar a famosa kafta:



Para finalizar, uma parte que não me interessou tanto (apesar de eu ser alucinada por sobremesas): os doces árabes. Eles simplesmente não me enchem os olhos.

Os vários doces ficam expostos no balcão, e, apesar da variedade de formatos, praticamente todos são feitos com nozes, o que me desestimula. Da última vez em que estive lá, aconteceu uma situação muito engraçada: pedi  à atendente que me explicasse a diferença entre os doces e ela me respondeu apenas que era "tudo nozes". Apontei um ou outro e ela continuou dizendo: "é tudo nozes". Me segurei para não gargalhar na hora (contando não parece engraçado, eu sei), mas diante da minha insistência ela apontou alguns que eram exceção: alguns são de pistache ou amêndoas, mas 90% "é tudo nozes".





Como sou formiguinha, escolhi dois doces, um para mim e outro para minha amiga Sandra, que me acompanhava na orgia gastronômica: um de nozes e outro de pistache. Achei ambos bem sem graça e a calda que eles colocam em cima (que é opcional) é extremamente açucarada e enjoativa. 


Em resumo: doces árabes não enchem meus olhos, mas para quem gosta de nozes acredito que os do Raful sejam excelentes.

Em 2010, o Raful abriu uma filial na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, quase na esquina da Avenida Paulista. Como eu odeio ir até a 25 de março, estive lá uma vez para matar a vontade de comer o arroz marroquino, mas me frustrei. Não que a comida seja ruim, mas a do original é muito mais gostosa. Pode ser preconceito, mas nunca acho que as filiais atinjam a qualidade originária.

Então, quem for nas redondezas da 25 de março e não estiver a fim de enfrentar as filas para comprar sanduíche de mortadela do Mercado Municipal na hora do almoço, a dica é o Raful. A satisfação é garantida.