domingo, 29 de novembro de 2015

Exposição ComCiência, de Patricia Piccinini

Na semana passada estive pela primeira vez no Centro Cultural Banco do Brasil para conferir a exposição "ComCiência", da australiana Patricia Piccinini.

O CCBB ocupa um prédio muito bonito, construído em 1901 no centro de São Paulo, e tem uma variedade grande de opções culturais (exposições, shows, teatro, etc.). Por isso, é sempre bom conferir a programação no site. 


A entrada é gratuita, mas é preciso "comprar" o ingresso antes no aplicativo do CCBB ou no Ingresso Rápido

Mesmo com o ingresso em mãos, não dá para fugir da fila. Apesar de parecer muito grande, não é nada muito demorado e flui numa boa. A exposição começa no 4º andar e vai até o subsolo, mas não tem muitas obras. É uma visita rápida.

As obras da Patricia Piccinini me lembraram o estilo do Ron Mueck, pois trazem elementos como pelos humanos e animais, além de outros materiais que reproduzem com perfeição a pele. 

A base da exposição ComCiência é o questionamento sobre o futuro da humanidade, que se utiliza cada vez mais da ciência para criar mutações genéticas. Apesar de "brincar com a ciência" parecer uma boa ideia, que pode facilitar muito a vida dos humanos, quais serão as consequências nos próximos séculos?

As criaturas apresentadas na exposição são geneticamente modificadas, porém muito afetuosas. Serão elas aceitas pelos humanos? Ou serão isoladas do convívio com aqueles que as criaram?

Não gosto de tirar fotos das obras, por respeito não só ao artista, mas também aos visitantes. Mas apenas para dar um exemplo do que se vê, fotografei a obra "O tão esperado", que está no térreo do CCBB e pode ser vista por qualquer pessoa, sem necessidade de ter ingresso:


O CCBB publicou no seu site um vídeo sobre a exposição. É bem curtinho e permite que a gente tenha um aperitivo do que está por lá.

O CCBB fecha às terças, mas é possível visitar a exposição em todos os outros dias até o dia 04 de janeiro de 2016.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Veloso Bar

Moro em São Paulo há quase 4 anos e só no último domingo conheci o tão famoso Veloso Bar. Famoso por dois motivos: 1 - a sua coxinha, que sempre é eleita a melhor da cidade; e 2 - as caipirinhas fazem o maior sucesso.

Sempre ouvi falar de que o bar é disputado, com direito a filas de espera. Então, meu namorado e eu chegamos cedo, assim que o bar abriu. Odiamos fila, então se tivéssemos que esperar, provavelmente teríamos desistido.

Bom, em termos de ambiente e decoração, é nada especial. Não chamou a nossa atenção e não merece maiores comentários. Ficamos na parte superior, então não sei dizer se o piso inferior tem um quê a mais.

Para início de conversa, é óbvio que pedimos a coxinha. Eles só têm o quitute com catupiry, que pode ser servido individual (R$ 4,80) ou em porções de 6 unidades (R$ 27,80). O garçom também disse que a porção poderia ser com 3 unidades, mas essa opção não está no cardápio. Decidimos pedir apenas a individual.

De fato, a coxinha é diferente. O recheio não é seco, como se costuma ver por aí, mas o catupiry não tem o gosto marcante, enjoado. Eu, particularmente, nem gosto de catupiry, mas na coxinha do Veloso ele não rouba a cena. O tamanho não é muito grande, então uma unidade pode deixar um "gostinho de quero mais". O molho que acompanha é bem gostoso, mas ardido para quem não tem o hábito de comer pimenta.


Para quem curte cerveja, as opções são poucas: apenas chopp (servido no sistema de "rodízio") ou Stella Artois (long neck por R$ 9). Meu namorado optou pelo chopp, que é mais barato (R$ 7) e diferente da cerveja padrão que sempre se bebe por aí.

Já eu tinha que conhecer a famosa caipirinha. Para quem não sabe, em São Paulo tudo é caipirinha, independente da bebida alcoólica (cachaça, vodca, sake, etc.). Então, se você pede uma caipirinha, tem que dizer ao garçom com que bebida ela será feita.

Perguntei quais seriam as sugestões dele, que me respondeu: tangerina com pimenta dedo de moça, jabuticaba e caju com limão. Fiquei com muita dúvida, mas escolhi essa última, com cachaça.

O copo é bem servido (370ml), o que deixa o preço mais atrativo (R$ 18 com cachaça e R$ 21 com vodca). O sabor é muito bom! Não é muito açucarada e a dose de cachaça também é suave, o que te permite sentir, de fato, o gosto das frutas. Por mim, ela teria menos gelo, mas de resto foi aprovadíssima.


Como uma coxinha só não matou nossa fome, partimos para o segundo petisco: creme de mandioquinha com camarão. É servido com uma porção generosa de pão e outra de queijo. Delicioso! E custa apenas R$ 16. Muito justo.


Estudamos novamente o cardápio e, por fim, escolhemos uma porção de bolinho de arroz com calabresa. 8 unidades saem por R$ 24. Muito bons também! Bolinho de arroz é algo que remete muito à minha infância, mas esse era diferente. Não sei como é feito o recheio, mas por fora tinha uma casquinha crocante e, por dentro, o arroz era bem molhadinho, como se tivesse o mesmo catupiry da coxinha. Aprovadíssimo.


Eu até pensei em pedir mais uma caipirinha porque queria experimentar outros sabores, mas depois de tanta comilança, não conseguia beber mais nada.

Saímos muito satisfeitos com o atendimento. O local é pequeno, as mesas ficam bem coladinhas umas nas outras, mas os garçons são muito eficientes. Nossos pedidos chegavam muito rápido à mesa e eles estavam sempre atentos. Mal terminávamos de comer e já aparecia alguém para retirar os pratos e limpar a mesa. Excelente.

Conclusão: vale a pena ir ao Veloso, mesmo com o cardápio não muito inovador. Mas se a sua intenção é comer coxinha e beber caipirinha, não irá se arrepender. 

domingo, 11 de janeiro de 2015

Exposições "O Mundo segundo Mafalda" e "Ron Mueck"

O passeio cultural de ontem à tarde rendeu visita a três lugares muito bacanas em São Paulo: Praça das Artes, Museu da Língua Portuguesa e Pinacoteca. Sobre o Museu eu já escrevi aqui, então vamos focar nos demais.

O Mundo Segundo Mafalda

Para quem é fã da menininha questionadora criada pelo argentino Quino, o passeio é imperdível, mas vale a pena até para quem nunca ouviu falar dela.

O bacana é que a Praça das Artes é um espaço aberto. Então, não é preciso pegar fila, ter ingresso em mãos ou passar por catracas. Todo mundo vai chegando e entrando, sem uma ordem cronológica de visitação ou algo parecido.


Dá para "perder" umas horinhas lá. Eu, particularmente, adoro a Mafalda. Cheguei a gargalhar com algumas tirinhas que estão em exposição.




Há um espaço dedicado às crianças, com aventais, carimbos e lápis de cor, para que elas desenhem e pintem os personagens. Aproveitando a onda das selfies, há também alguns espaços dedicados a fotos.

Painel montado com flores de pano, que representa o amor da Mafalda pela primavera

A mostra interativa foi pensada para as crianças, como uma forma de incentivá-las a questionar o que está ao seu redor, mas garanto que os adultos também vão curtir.

O Mundo Segundo Mafalda
Praça das Artes, na Avenida São João, 281 - Centro - São Paulo
Próximo às estações Anhangabaú e República do Metrô
Entrada grátis
De 17 de dezembro até 28 de fevereiro de 2015
Todos os dias, das 9h às 20h

Ron Mueck na Pinacoteca

Vale a pena conferir essa exposição, que é uma das mais visitadas da capital, mas é preciso possuir um estoque de paciência. Geralmente, as filas são grandes, o que pode render uma espera de uma hora ou mais (nós ficamos na fila por cerca de 40 minutos).

Um outro detalhe: muita gente vai lá só para tirar fotos. Então, é preciso respirar fundo para não se irritar enquanto você disputa espaço com os braços e as câmeras. Imagine 50 pessoas, cada uma com seu celular, fazendo um book de cada obra? Pois é. Infelizmente, em tempos de redes sociais, a grande maioria não está preocupada em observar os detalhes a olho nu.

São apenas 7 esculturas hiper-realistas, mas os detalhes de cada uma delas impressionam. Pelos, veias, unhas e rugas: tudo é minuciosamente reproduzido nas obras. Por isso, se os celulares  alheios permitirem, vale a pena se dedicar a analisá-las por um tempinho. 

Casal debaixo do guarda-sol, 2013

Ao final do passeio, é possível assistir ao documentário "Still life: Ron Mueck at work" (Natureza Morta: Ron Mueck no Trabalho), um vídeo de 52 minutos que mostra o artista trabalhando nas obras. 

Além dessa exposição, é possível conferir outras do acervo da Pinacoteca, que está localizada num espaço muito bonito. Estive lá algumas vezes e não me canso. 




A Pinacoteca fica ao lado do Museu da Língua Portuguesa e bem pertinho da famosa José Paulino. Então, quem quiser aproveitar o passeio de sábado para arriscar encontrar uma fila menor, eu recomendo ir no final da tarde, quando a visitação fica mais tranquila.

Ron Mueck na Pinacoteca
Pinacoteca do Estado de São Paulo 
Praça da Luz, 2, Bom Retiro - Centro
Estação Luz (Metrô - Linha 1 Azul)
Estação Luz (CPTM - Linha 7 Rubi)
De 20/11 a 22/02
Terças, Quartas, Sextas, Sábados e Domingos das 10h às 17h30
Quintas das 10h às 22h
R$ 6. Entrada gratuita às quintas, após as 17h, e aos sábados, durante todo o dia.