Moro em São Paulo há quase 4 anos e só no último domingo conheci o tão famoso Veloso Bar. Famoso por dois motivos: 1 - a sua coxinha, que sempre é eleita a melhor da cidade; e 2 - as caipirinhas fazem o maior sucesso.
Sempre ouvi falar de que o bar é disputado, com direito a filas de espera. Então, meu namorado e eu chegamos cedo, assim que o bar abriu. Odiamos fila, então se tivéssemos que esperar, provavelmente teríamos desistido.
Bom, em termos de ambiente e decoração, é nada especial. Não chamou a nossa atenção e não merece maiores comentários. Ficamos na parte superior, então não sei dizer se o piso inferior tem um quê a mais.
Para início de conversa, é óbvio que pedimos a coxinha. Eles só têm o quitute com catupiry, que pode ser servido individual (R$ 4,80) ou em porções de 6 unidades (R$ 27,80). O garçom também disse que a porção poderia ser com 3 unidades, mas essa opção não está no cardápio. Decidimos pedir apenas a individual.
De fato, a coxinha é diferente. O recheio não é seco, como se costuma ver por aí, mas o catupiry não tem o gosto marcante, enjoado. Eu, particularmente, nem gosto de catupiry, mas na coxinha do Veloso ele não rouba a cena. O tamanho não é muito grande, então uma unidade pode deixar um "gostinho de quero mais". O molho que acompanha é bem gostoso, mas ardido para quem não tem o hábito de comer pimenta.
Para quem curte cerveja, as opções são poucas: apenas chopp (servido no sistema de "rodízio") ou Stella Artois (long neck por R$ 9). Meu namorado optou pelo chopp, que é mais barato (R$ 7) e diferente da cerveja padrão que sempre se bebe por aí.
Já eu tinha que conhecer a famosa caipirinha. Para quem não sabe, em São Paulo tudo é caipirinha, independente da bebida alcoólica (cachaça, vodca, sake, etc.). Então, se você pede uma caipirinha, tem que dizer ao garçom com que bebida ela será feita.
Perguntei quais seriam as sugestões dele, que me respondeu: tangerina com pimenta dedo de moça, jabuticaba e caju com limão. Fiquei com muita dúvida, mas escolhi essa última, com cachaça.
O copo é bem servido (370ml), o que deixa o preço mais atrativo (R$ 18 com cachaça e R$ 21 com vodca). O sabor é muito bom! Não é muito açucarada e a dose de cachaça também é suave, o que te permite sentir, de fato, o gosto das frutas. Por mim, ela teria menos gelo, mas de resto foi aprovadíssima.
Como uma coxinha só não matou nossa fome, partimos para o segundo petisco: creme de mandioquinha com camarão. É servido com uma porção generosa de pão e outra de queijo. Delicioso! E custa apenas R$ 16. Muito justo.
Estudamos novamente o cardápio e, por fim, escolhemos uma porção de bolinho de arroz com calabresa. 8 unidades saem por R$ 24. Muito bons também! Bolinho de arroz é algo que remete muito à minha infância, mas esse era diferente. Não sei como é feito o recheio, mas por fora tinha uma casquinha crocante e, por dentro, o arroz era bem molhadinho, como se tivesse o mesmo catupiry da coxinha. Aprovadíssimo.
Eu até pensei em pedir mais uma caipirinha porque queria experimentar outros sabores, mas depois de tanta comilança, não conseguia beber mais nada.
Saímos muito satisfeitos com o atendimento. O local é pequeno, as mesas ficam bem coladinhas umas nas outras, mas os garçons são muito eficientes. Nossos pedidos chegavam muito rápido à mesa e eles estavam sempre atentos. Mal terminávamos de comer e já aparecia alguém para retirar os pratos e limpar a mesa. Excelente.
Conclusão: vale a pena ir ao Veloso, mesmo com o cardápio não muito inovador. Mas se a sua intenção é comer coxinha e beber caipirinha, não irá se arrepender.
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