Eu não tinha ideia que tinha abandonado o blog por tanto tempo! Ando mais moradora do que turista e isso é péssimo. Preciso voltar a fazer as minhas andanças por aí, afinal, o que não falta é lugar para visitar em São Paulo.
Bom, o post pra tirar a poeira do blog é sobre o famoso Festival de Sopas da Ceagesp. Desde que vim morar em São Paulo ouço falar desse festival, que ocorre sempre no inverno (apesar de começar no outono), quando as temperaturas caem bastante por aqui. Muita gente não gosta de sopa, mas eu amo. É uma coisa que me remete muito à minha infância, pois minha família sempre tomava sopa no jantar, principalmente de feijão.
Enfim, depois de muito ensaiar e planejar, decidi conhecer o festival, que está fazendo um cardápio especial por causa da Copa e, a cada semana, homenageia um país. Quando vi que essa semana o país homenageado era a França, decidi que tinha que ir de qualquer jeito.
Explico: a sopa do país homenageado era a de cassoulet, uma comida que minha tia Gidia faz divinamente. Eu nunca soube muito bem a origem ou os ingredientes do prato, mas foi o incentivo que faltava para eu ir à Ceagesp.
Ao chegar lá, nos deparamos com um restaurante amplo, com muitas mesas em dois pisos, fila e famílias tomando vinho e petiscando. Na área de espera, há um balcão, muitos pufes, uma mesa de queijos e embutidos e um bar onde é possível beber vinho de vários tipos.
A previsão era que demoraria uns 20 minutos para conseguirmos uma mesa. Como estávamos morrendo de fome, nos servimos do buffet de petiscos, que é cobrado à parte (R$ 49,90 o quilo). Eu raramente como queijo (a proteína do leite não me faz muito bem), então aproveitei para experimentar todos os tipos.
Há também uma variedade boa de patês. O problema é se empolgar demais nas entradinhas e acabar gastando muito e não guardar espaço na barriga para a sopa.
No bar, é possível escolher todo tipo de bebida a preço acessível. Uma caipirinha, por exemplo, custa R$ 15 e uma taça de vinho sai por R$ 10, mas muita gente acaba optando pelas garrafas, que podem ser levadas para a mesa depois.
Depois de beliscar, chegou a nossa vez de sentar. O espaço é bem amplo, então apesar do fluxo intenso, não se espera muito. Há duas mesas compridas onde as sopas são servidas em dois caldeirões de cada sabor, o que evita a concentração de muita gente ao mesmo tempo. Ao lado de cada mesa, várias tigelinhas empilhadas para que todo mundo se sirva.
No centro do salão, uma mesa com temperinhos adicionais e, é claro, pão. Sopa sem pão, pra mim, perde metade da graça.
O cardápio do Festival é semanal e tem seis tipos de sopa, mas tem duas que nunca mudam: a tradicional de cebola e a de cebola gratinada.
Como eu estava na intenção do cassoulet, foi a minha primeira escolha. Sinceramente? Uma frustração. Não tinha sabor e não lembrava nem um pouco a comida deliciosa da minha tia.
Escolha número dois: a famosa sopa de cebola. Segundo a história, essa sopa faz sucesso desde a década de 60, quando era servida num restaurante que funcionava no antigo Entreposto Terminal São Paulo. Esse restaurante fechou nos anos 80, mas a tradição da sopa foi resgatada em 2009, quando a Ceagesp completou 40 anos e fez o seu primeiro festival de sopas.
Na primeira colherada, eu entendi o motivo de tanto sucesso. A sopa é muito saborosa! Tem gosto de cebola (óbvio), mas não é forte, e a consistência é mais pastosa do que líquida. Divina!
Terceira sopa escolhida: caldo de siri à baiana. Bom, como não nego as minhas origens, eu tinha que experimentar. Era bem gostosa, não tinha sabor apimentado (isso me frustrou um pouco) e o siri estava saboroso. Cumpriu o seu papel.
Quarta escolha: sopa de cebola gratinada. Muito boa também! É a mesma receita da sopa tradicional, só que adicionam uma camada de queijo e levam ao forno para gratinar. Resultado: essa belezura aí embaixo. Nem preciso dizer que é espetacular.
Quinta sopa: caldo verde. Achei padrão, meio sem-graça.
E parei por aí. Não consegui provar a sexta e última opção: creme de fondue com funghi secchi, mas meu namorado provou e aprovou. Segundo ele, estava tão bom quando o caldo de siri à baiana.
Além de tudo isso, ainda era possível comer sobremesa (cobrada à parte), mas eu não tinha disposição (leia-se estômago), apesar de ter ficado tentada com os merengues de morango, que vinham servidos em taças imensas e circulavam nas bandejas dos garçons.
Em resumo: o festival é muito bom! O preço é justo (R$ 29,90 por pessoa), o serviço é bom (e não cobram 10%) e, em dias mais frios, pode ser um ótimo programa.
O Festival acontece de quarta a domingo até o dia 24 de agosto. Maiores informações sobre horários, valores e o cardápio semanal podem ser encontradas na página do Festival no Facebook.
Excelente Blog. Como você, também sou de outro Estado, do Rio, e também sou apaixonado por São Paulo, e ainda conheço muito pouco do que a cidade proporciona, por isso adorei as suas andanças por aqui. Por favor, continue a escrever sempre! Já está nos meus favoritos diários.
ResponderExcluirAbração
Rafael C T
Obrigada pela visita, Rafael! Fico feliz que tenha gostado do blog. Espero que aproveite bastante essa cidade, que apesar do ritmo insano, é fantástica.
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