No site da Cidade de São Paulo,
um dos 30 programas imperdíveis recomendados é assistir a um concerto na Sala São Paulo. Confesso que nunca fui uma legítima apreciadora de ópera, música
clássica e afins, apesar de ter tocado piano dos 10 aos 14 anos. Então, não posso
dizer que já tinha lido a respeito da Sala, mas como boa turista, decidi fazer
mais essa descoberta.
Visitei o site algumas vezes para
ter informações sobre a visita monitorada porque sempre que eu definia uma
data, descobria, por algum motivo, que não era possível. Até que troquei
e-mails e agendei a visita para o último sábado.
O primeiro obstáculo era a
localização. A Praça Júlio Prestes fica no centro de São Paulo, numa área mais
conhecida como a Cracolândia. Detalhe: eu não sabia disso até chegar lá e me
deparar com dezenas de pessoas completamente à margem da sociedade. Apesar do
susto (e do medo) inicial, não passei por nenhuma situação de perigo. Há
policiamento na região e é visível que os usuários de drogas vivem num mundo à parte – alguns deles
estavam dançando, sozinhos, sem que houvesse qualquer música de fundo.
Chegando à Sala São Paulo com certa
antecedência, sentei em um dos banquinhos da área externa para aguardar a
visita monitorada, que precisa ser agendada e, aos sábados e domingos, é
gratuita.
O grupo era pequeno (cerca de 10
pessoas) e foi recebido pela Gabriela, que nos guiou durante cerca de 1 hora. E
foi aí que eu, mais uma vez, me senti uma pessoa ignorante e desinformada.
Gabriela nos deu diversas informações históricas e políticas e eu de nada me
lembrava, apesar de ter tido acesso a tudo isso na época do colégio.
Enfim, a Sala São Paulo é
diferente de tudo que eu já vi. Como eu preferi não pesquisar muito antes de visitar,
acho que me surpreendi mais, porque não tinha noção de como a Sala é ou
funciona. Foi uma grata surpresa.
Imagino que para quem aprecie a
música clássica, seja ainda mais atraente fazer esse tipo de programa
turístico. O legal é que os ingressos para os concertos têm preços dos mais
variados (a partir de R$ 26) e é possível assistir a um deles, de graça, nos
domingos de manhã – os ingressos são limitados e distribuídos na segunda-feira
anterior.
Mais uma opção bacana e diferente
para curtir na “Terra da Garoa” – onde, por sinal, não chove há mais de um mês.
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